preciso de um caderno para me organizar
Descubra como a simplicidade dos cadernos de bolso pode transformar sua produtividade e clareza mental.
Todo final de ano, dedico uma ou duas semanas para refletir sobre o ano que passou e organizar as grandes áreas em que pretendo focar no ano seguinte. No final de 2023, não foi diferente. Além de definir alguns objetivos e prioridades para 2024, decidi me desafiar a adotar uma atividade manual e offline, visando momentos totalmente desconectados.
A atividade escolhida não poderia ter sido melhor: fazer meus próprios cadernos!
![](https://substackcdn.com/image/fetch/w_1456,c_limit,f_auto,q_auto:good,fl_progressive:steep/https%3A%2F%2Fsubstack-post-media.s3.amazonaws.com%2Fpublic%2Fimages%2Fdb51a5a9-7ea3-44db-8948-32f84e4137ac_1920x1080.jpeg)
Apesar da minha rotina altamente tecnológica, nunca deixei de lado meus cadernos. Todos os meus projetos (incluindo esta newsletter) começam em uma página em branco, com duas canetas e uma lapiseira nas mãos.
Esse hábito me transformou em um acumulador de cadernos e canetas. Pensando agora, acredito que isso tenha uma influência direta no meu fracasso em adotar uma vida minimalista. Foi então que aprender a fazer meus próprios cadernos se tornou a conexão perfeita entre ter uma atividade manual e economizar algumas centenas de reais comprando cadernos prontos.
Mas o que aprender a fazer meus cadernos tem em comum com esta newsletter?
Antes de te responder, deixa eu me apresentar. Sou o Luiz Gomes e nos últimos 12 anos desempenhei diversos papéis no que chamamos de ecossistema de inovação. Criei e liderei o produto de uma startup de logística até sua venda para o Porto de Rotterdam, na Holanda. Fui diretor de inovação e novos negócios em uma empresa de capital aberto, onde analisei centenas de startups para investir, e hoje estou na gestão pública, responsável por criar estratégias que impulsionem as startups na cidade do Recife.
Ao longo desses anos, sempre tive projetos paralelos onde pesquiso estratégias para amadurecer o ecossistema de inovação, focando na capacidade empreendedora das pessoas por trás dos negócios. Faço isso conectado a uma rotina de compartilhamento de experiências e aprendizados, concentrando boa parte disso na kamelo, com quase 400 publicações disponíveis.
Agora, voltando ao ponto... acredito que tem se tornado estranhamente comum o sentimento de estar cercado de prioridades, onde tudo que precisa ser feito surge como se fosse pra ontem. Frequentemente me vejo buscando referências sobre métodos, ferramentas, práticas ou qualquer outra coisa relacionada à produtividade.
Considero-me uma pessoa organizada, ou pelo menos sei onde as coisas estão na minha bagunça. Contudo, confesso que muitas das estratégias de produtividade que encontro me geram mais ansiedade do que capacidade de entrega.
De fato, cada vez mais, trabalhamos (e nos comportamos) por entrega. Mas até que ponto a discussão sobre produtividade nos torna realmente mais produtivos? Criei a one task para abordar os aspectos da produtividade em uma velocidade necessariamente menor do que a que parece imperar na internet.
Escolhi um nome autoexplicativo: se focarmos em aprender ou melhorar uma coisa por vez, certamente teremos um resultado mais efetivo do que tentar aprender e melhorar tudo ao mesmo tempo.
Se você está cansada(o) de tantas fórmulas de produtividade que geram mais angústia do que resultado, vem comigo nesta jornada para aprendermos juntos, no nosso tempo, como gerar melhores resultados sem comprometer nossa saúde física e mental!
Luiz, e os cadernos?
Há algum tempo, conheci o termo commonplace, que geralmente se refere a cadernos de bolso que podem nos acompanhar e estar sempre por perto para anotar pensamentos, ideias, telefones, desenhos de prédios diferentes, ou resumos das atividades.
Ter um caderno com essa finalidade me deu o superpoder de não ficar com algo cozinhando na cabeça, colocando tudo em um backup que posso acessar quando realmente necessário (em alguns casos, nunca mais).
Não pude começar esta newsletter de outra forma que não contando um pouco mais sobre como uso meus cadernos para manter minha mente organizada.
Você pode imaginar que já testei diversos formatos de cadernos e diferentes formas de torná-los realmente úteis. Desde que aprendi a escrever, nunca larguei um papel e uma caneta.
No meio de tudo que já usei, encontrei o formato que me dá maior versatilidade: todos os cadernos que faço têm exatamente 8 por 14 centímetros e 64 páginas. Não tirei isso do nada. Além de ser um tamanho que cabe em qualquer bolso, a quantidade de páginas é suficiente para 15 dias na minha rotina de escrita.
Ou seja, estou escrevendo este texto no dia 23 de maio no meu caderno de número 09!
Encontrei nos meus cadernos de bolso e na ideia dos commonplaces uma forma de tirar coisas da cabeça, colocá-las no papel e vê-las “de fora”, facilitando meu entendimento e até minhas decisões.
Mas este espaço foi pensado para conversarmos. Então, me diz, o que você usa (físico ou digital) para tirar coisas da cabeça?
Na semana que vem, trarei mais sobre meu uso de cadernos, mostrando como eles fazem parte da minha rotina.