Descanso Ativo
o que aprendi na academia e tenho usado nas horas mais preguiçosas do meu dia?
Faz um tempo que tenho me incomodado com minhas tardes, elas têm “se arrastado” nos dias estou trabalhando de casa, período que tenho muita dificuldade de produzir qualquer coisa, das mais simples às mais complexas.
Há algumas semanas eu lembrei de uma coisa que aprendi quando tinha uma rotina de treino decente, o conceito de descanso ativo. Essa é uma técnica que permite manter o corpo em movimento com uma intensidade muito menor que os treinos regulares.
Hoje eu quero contar como adotei um pouco da proposta do descanso ativo nas minhas tarde improdutivas.
No começo desse ano eu voltei a ter uma rotina de trabalho híbrido, algo que não fazia parte da minha rotina desde março de 2020… dá pra imaginar minha “alegria” às 8h30am no trânsito de Recife.
Quando minha rotina estava 100% remota eu encontrei um ponto de equilíbrio que me permitia manter um fluxo de trabalho com produtividade relativamente boa para manter minhas atividades principais e os projetos paralelos.
Nesse período eu costumava fazer umas pequenas pausas durante o dia, maios ou menos como é proposto pelo método pomodoro (método que propõe trabalhar 25 minutos focado com 5 minutos de pausa, a cada 4 ou 8 blocos de 25+5 você faz uma pausa de 30 ou 60min). Essa foi a técnica que mantive por mais tempo, me adaptei aos ciclos e tinha as pausas como pequenas recompensas.
Agora, quando estou trabalhando no escritório ou de casa minhas tardes começam (quase) sempre arrastadas, faço tudo mais lento e desmotivado. Não sei se há relação direta com a nova rotina, mas só comecei a perceber essa mudança de comportamento há poucos meses.
claro que esse meu cansaço às tarde pode estar ligado ao cansaço mental pelo acumulo de atividades e as minhas rotinas de sono… tenho buscado alternativas que respeitem minha necessidade de pausa.
Meus começos da tarde se tornam o momento do meu download, mas o que é isso? Esse é meu descanso ativo de todos os dias (ou quase todos), momento que mantenho minha cabeça ativa, mas em velocidade e intensidade muito menores.
Se minhas tardes começam lento eu diminuo todas as telas que posso, pego meu caderno e começo a escrever sobre meus projetos e atividades profissionais, paro um ou até duas horas só para tirar o que está na cabeça para colocar no papel. Escrever à mão me força a desacelerar, a pensar mais devagar e, consequentemente, focar em uma ou poucas coisas.
Outras vezes pego algum livro (preferencialmente físico) sobre temas que não estão diretamente ligados às minhas atividades para ler sem pressa, sem meta de páginas, me permitindo divagar pelos conteúdos lidos.
Posso dizer que aprendi como respeitar o momento que minha cabeça precisa desacelerar, trazer atividades que são naturalmente lentas que baixa meu ritmo para quase zero. Meu descanso ativo se tornou uma parte importante do dia, ume período que consigo pensar sobre o que tenho pesquisado, o andamento dos projetos que estou liderando ou simplesmente parando para ler algo que não fale de nada que preciso entregar formalmente.
Você se permite ter um descanso ativo? Se você tiver momentos mais arrastados durante o dia, sugiro que você teste não se cobrar demais e, ao invés disso, trazer atividades mais lentas.
Eu não costumo seguir métodos ao pé da letra, eu procuro uma adaptação que se integra na minha rotina, que eu realmente consiga manter e perceber sua utilidade.
Falei sobre a método de pomodoro, essa foi talvez um dos primeiros métodos que testei quando comecei a trabalhar com gestão. A primeira vista é uma proposta simples, ter time blockings para executar tarefas importantes.
Uso os ciclos do pomodoro para manter minha atenção em uma, no máximo duas telas. Ou seja, por 25 ou 30 minutos eu permaneço desconectado de tudo que não sejam as telas que realmente preciso ter abertas naquele período.
Se conseguir me manter nelas, ganho a recompensa de ter uma pausa de 5 ou 10 minutos. Dessa forma consigo jogar comigo mesmo, criando pequenas recompensas após o tempo que fico dedicado a uma atividade.
Como tudo na vida, tem dias que eu não quero nem olhar para o meu cronômetro do pomodoro…
Experimente o método como aprender a correr, evolua aos poucos. Eu comecei focando por 10 minutos, fazendo pausar de 2 ou 3 minutos (só para levantar e esticar as costas). Com o passar do tempo aumentei para 15, 20, 25, 30… já consegui fazer um ciclo de 50 minutos, o importante é que os ciclos sejam momentos sem distrações (ou seja, tire seu celular de perto 📵).
Falando sobre as leituras que faço às tardes, tenho uma recomendação de livro prende minha atenção e me faz pensar sobre diversos aspectos do momento de mundo que estamos vivendo.
Nesse momento estou lendo “Infocracia” do Byung-Chul Han, um filósofo sul-coreado, atualmente professor na Universidade de Berlim.
Para ter noção de como ele trata de temas importantes, o primeiro livro dele que li se chama “Sociedade do Cansaço” que foi uma das minhas inspirações para criar a One Task!
Obrigado por estar me acompanhando por aqui, tem sido importante parar um tempo na minha semana para escrever sobre aspectos de produtividade que respeitam minha saúde física e mental.
Te convido para assinar a On Task e compartilhar suas experiências, esse é um espaço de troca e aprendizado mútuo.
nos falamos por aqui na semana que vem,
se cuida 🤗